Fonte: G1

Sem precedentes na história, o choque do coronavírus na atividade deve resultar em uma contração das 20 maiores economias do mundo, incluindo o Brasil. A agência de classificação de riscos Moody’s revisou suas projeções e agora vê uma baixa de 0,5% no PIB do G-20 neste ano, seguido de um crescimento de 3,2% em 2021.

“As economias do G-20 sofrerão um choque sem precedentes no primeiro semestre deste ano e terão uma contração em 2020 como um todo, antes de uma retomada em 2021”, dizem os analistas da agência em relatório. De fato, o número para este ano é bem diferente das estimativas publicadas em novembro de 2019, quando a Moody’s esperava expansão de 2,6% em 2020.

No caso do Brasil, a agência agora projeta uma contração de 1,6% em 2020, seguida de um crescimento de 2,7% em 2021. Com isso, reverte a expectativa de expansão para este ano de quase 2% mantida até o começo de março. Por aqui, o efeito mais duro também virá no primeiro semestre, quando a economia deve ter uma contração de 3,5%.

“O governo e o Banco Central têm anunciado algumas medidas para mitigar o impacto econômico e apoiar as empresas e segmentos vulneráveis da sociedade. No entanto, o déficit fiscal e a dívida relativamente alta estão restringindo a capacidade do governo de fornecer uma resposta fiscal mais forte. Nós, portanto, esperamos um efeito significativamente negativo sobre o emprego e o crescimento”, alertam os analistas da agência sobre a situação do país.

Além disso, os emergentes com mercados de capitais relativamente abertos permanecem vulneráveis ao sentimento de risco do mercado financeiro, uma vez que as perspectivas de crescimento estão se deteriorando. “Como resultado, as recuperações em muitas das economias de mercados emergentes provavelmente serão relativamente mais amenas do que as economias avançadas e a China”, acrescentam.

Na avaliação da Moody’s, as economias emergentes do G-20 terão contração de 1,9% em 2020 e crescimento de 4,7% em 2021. Dentre elas, a China terá baixa de 3,3% neste ano e alta de 6% em 2021. Já as economias desenvolvidas sofrerão contração de 2% em 2020, com retomada de 2,2% no ano seguinte. Maior economia do mundo, os EUA também verão uma baixa de 2% neste ano, seguida de crescimento de 2,3% em 2021.

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