Fonte: FDR
Nesta quarta-feira (22), o ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, afirmou que o abastecimento de gás liquefeito de petróleo, ou seja, o gás de cozinha (GLP) está quase normalizado no país.
O ministro afirmou que continua acompanhando a situação para evitar risco de falta de produto, por conta do aumento do consumo devido às medidas de isolamento social que foram adotadas por causa da pandemia de coronavírus.
Em vídeo chamada realizada nesta quarta com os jornalistas, o ministro disse que “Estamos trabalhando junto com os agentes setoriais para informar à sociedade que o abastecimento está garantido. Segundo informações que recebi ontem, [a distribuição] está praticamente regularizada em todos os estados da federação”, disse.
Segundo Alburquerque, uma parte do problema registrado em algumas das localidades aconteceu, pois as pessoas estão usando mais gás de cozinha por passarem mais tempo em casa.
Algumas pessoas estavam temendo o desabastecimento, passaram a estocar botijões e isso fez com que os preços subissem.
No Distrito Federal, houve casos de comerciantes cobrando mais de R$100 pelo botijão de 13 quilos.
“Devido ao isolamento social, o consumo do GLP aumentou cerca de 17%. No primeiro momento, isso levou a uma situação que é fácil de entender: as pessoas começaram a estocar botijões de 13 quilos, temendo o desabastecimento”, disse Albuquerque, ressaltando que o comitê setorial de crise criado pelo ministério monitora a situação diariamente.
Na sexta-feira (17), o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, alertou que o aumento no imposto sobre a importação de gasolina poderia afetar a produção do gás de botijão, isso prejudicou a oferta e ameaçou o abastecimento doméstico.
De acordo com Castello Branco a proposta de elevação das tarifas de importação da gasolina partiu das entidades que representam os produtores de etanol, interessadas em aumentar a competitividade do álcool frente à gasolina.
“Isso nos levará à necessidade de importar mais GLP [gás de cozinha] para abastecer o mercado. E, como existe uma capacidade limitada de internação de GLP importado, isso significaria um risco de desabastecimento no mercado brasileiro”, disse o presidente da Petrobras
O argumento é que isso torna a gasolina menos competitiva em um cenário que a demanda pelo combustível já é baixa e pode obrigar as refinarias a reduzirem a produção do combustível.