Fonte: Correio Braziliense

Desde o último leilão de biodiesel, a discussão entre distribuidoras, postos e produtores de biocombustíveis tem se acirrado. O motivo é o encarecimento do produto limpo e renovável, cuja mistura ao óleo derivado de petróleo é obrigatória no Brasil, na proporção de 12%, para reduzir a poluição e a emissão de gases de efeito estufa (GEE). As distribuidoras alertaram que o elevado preço comercializado no último leilão de biodiesel ia chegar nas bombas.

Agora é vez da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) fazer um comunicado, informando que os postos revendedores de todo o país têm sofrido aumentos de preços do diesel S500 e S10 pelas distribuidoras, além dos percentuais relativos aos últimos aumentos das refinarias Petrobras.

Segundo informação das próprias distribuidoras, tais aumentos referem-se ao maior custo do biodiesel. Atualmente, a mistura do biodiesel adicionada ao diesel é de 12%.

No 74º leilão realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio biodiesel foi negociado a R$ 3,801 por metro cúbico (m³), ante o preço médio negociado no leilão anterior de R$ 2,713 por m3, uma elevação de 40%.

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Enquanto o litro de óleo diesel sai da refinaria por R$ 1,98 em média, incluído jmpostos como PIS/Cofins, o B100 do produtor sai por R$ 3.80, quase o dobro. “A Fecombustíveis lembra que o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada distribuidora e posto revendedor determinar se irão ou não repassar os maiores custos ao consumidor”, disse.

Entretanto, a federação acrescentou que “entende ser de fundamental importância esclarecer o consumidor e a sociedade em geral sobre a realidade dos fatos, para que o revendedor varejista, agente mais visível da cadeia, não seja responsabilizado exclusivamente por elevações de preços ocorridas em etapas anteriores”.

A Fecombustíveis representa os interesses de cerca de 41 mil postos de serviços que atuam em todo o território nacional, o segmento de TRRs e mais de 60 mil revendedores de GLP, além do mercado de lubrificantes.

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