Fonte: Sindigas
A energia move o mundo. Baratear seu custo é um enorme desafio para que os países possam crescer e alcançar o desenvolvimento econômico e social. No contexto brasileiro, o GLP, energético de preço acessível, tem um papel central nesta questão. Para se constatar essa vantagem comparativa, basta fazer as contas e ver qual é o custo diário dessa e de outras energias para o consumidor final – seja o gás natural, seu concorrente direto, ou a energia elétrica.
Além do baixo custo do insumo em termos proporcionais – um botijão dura, em média, um mês e meio –, há outro ponto importante a favor do GLP: o consumidor paga apenas pelo que de fato utiliza. Não há uma tarifa fixa pela energia que se recebe. O GLP também é mais barato quando se compara o consumo das demais energias para a mesma finalidade.
Vejamos um exemplo prático: um banho de dez minutos, com 60 litros de água, é 74,7% mais caro no Rio de Janeiro, e 50,6% em São Paulo, quando se usa energia elétrica para aquecer a água (o cálculo considera as tarifas do último mês de setembro de Light e Elektro, respectivamente). O mesmo banho também pesa mais no bolso de quem usa gás natural: no Rio (capital e região metropolitana), ele custa 64,4% a mais e, em São Paulo, 51,8%, levando-se em conta as tarifas de Naturgy e Comgás. Nos dois casos, tomou-se como base o preço médio do GLP nessas áreas, segundo a ANP.
Mesmo em momentos de sucessivas altas de preço no produtor, o impacto dos reajustes é diluído ao longo da cadeia de distribuição e revenda, fazendo com que ele seja sentido com muito menos força pelo consumidor final. Como ocorre em mercados em que vigora a livre concorrência, a diluição ocorre a partir da redução de margens das empresas, um movimento saudável de disputa pela preferência dos clientes. As pesquisas de preços da ANP, órgão regulador que monitora nacionalmente os preços do produto, já deram sucessivas demonstrações desse efeito.
Competitivo em todos os critérios de mensuração de custos, o GLP tem ainda outras vantagens comparativas. Com criatividade, o setor passou a oferecer opções de embalagens além do botijão de 13 quilos. Isso dá ao consumidor novas alternativas de escolha, de acordo com os recursos de que dispõe na hora da compra. Note-se que essas embalagens são intercambiáveis: é permitido entregar um botijão de 13 quilos vazio e comprar outro menor e vice-versa. As múltiplas formas de pagamento, como a compra com cartão crédito ou em parcelas, e ainda a possibilidade de negociar descontos – há outros vendedores disputando o mercado, afinal -, são outros fatores que ampliam o acesso ao produto.
Todas essas características fazem do GLP uma energia altamente competitiva. Os consumidores brasileiros são testemunhas diárias dessas vantagens.
Sergio Bandeira de Mello, presidente do Sindigás