Fonte: Central Noticias
Para os brasileiros, em qualquer situação é motivo para fazer um churrasco. É fato que um quintal com uma varanda externa proporciona mais liberdade no preparo. No entanto, cada vez mais, as varandas de apartamento têm se tornado um espaço voltado para o lazer e, muitas vezes, pedem uma churrasqueira.
Para instalar uma churrasqueira em apartamento, basicamente, o imóvel precisa de um duto de fumaça e dispor das condições para a colocação do equipamento, de acordo com as normas do condomínio. As orientações são dos arquitetos Erika Mello e Renato Andrade, sócios no escritório Andrade & Mello Arquitetura.
Experientes no processo, os profissionais explicam que a escolha entre os modelos disponíveis no mercado — carvão, gás ou eletricidade — vai de encontro com as especificidades do local ou mesmo com os desejos dos moradores. “Além disso, de nada adianta ter uma churrasqueira sem um espaço, geralmente uma bancada, para o manuseio e preparo das carnes”, fala Renato.
A dupla é enfática em destacar a importância de contratar profissionais que entendam do assunto para tomar as decisões que envolvam a obra e orientações para a instalação. “Desejamos sempre um final feliz depois de tudo pronto”, relata Érika.
Confira o passo a passo preparado pela dupla:
1. Espaço disponível
O ponto de partida é verificar o espaço disponível para a instalação do equipamento, além da coifa, dutos ou chaminés para a exaustão da fumaça. Com essa decisão, os arquitetos têm os requisitos ideais para definir o modelo da churrasqueira e o layout da varanda. “Sem a devida atenção com a parte técnica, nada feito. Em edifícios, é estritamente proibido que a fumaça saia pelas janelas, mesmo que pela própria varanda”, explica Erika.
Na definição da varanda, é preciso pensar também em uma estrutura que propicie conforto e funcionalidade, como uma bancada com pia para a preparação dos alimentos, armários e uma área para circulação do churrasqueiro.
2. Modelos disponíveis
Renato enfatiza que, embora os modelos com carvão sejam os mais tradicionais e sonhados pelos clientes, as versões a gás têm conquistado a simpatia em função da rapidez para assar as carnes, eficiência e praticidade para limpar. Entretanto, a resolução implica na necessidade de uma rede de gás, seja natural ou botijão, e um ponto de elétrica, já que a tubulação precisa ser adaptada no piso ou na parede. “E não podemos nos esquecer que, antes de iniciar a obra, precisamos da autorização do condomínio”, lembra Érika. Por fim, na impossibilidade de optar por carvão ou gás, é possível contar com as churrasqueiras elétricas e as portáteis.
3. Duto e chaminé
A estrutura e dimensões do duto, que pode ser de alvenaria ou metal, podem variar de acordo com o tamanho da coifa. A exaustão da fumaça pode ser acontecer de forma natural, com uma chaminé de, no mínimo, 2 metros de altura, ou a forçada, com o auxílio de equipamentos.
4. Revestimentos
Na bancada, os profissionais indicam materiais resistentes às manchas que ocorrem pelos sucos da carne ou carvão, ou os riscos com pontas de facas, espetos ou grelhas. Soma-se aos critérios a solidez, especialmente para a variação e temperatura com a churrasqueira próxima do espaço de trabalho.
O local de churrasco acaba sujando muito fácil, por isso, a preferência se dá por revestimentos de parede e piso que ofereçam facilidade para limpeza.