Fonte: Sindigás
Quando ouço comentários de que o botijão de gás é perigoso sempre pergunto como pode ser assim se funciona ao lado de um fogão aceso. Nunca obtive resposta coerente. O GLP sim, por ser um produto inflamável, traz riscos, como qualquer outro combustível ou mesmo a energia elétrica. Mas o botijão, por sua função de embalar o gás, é – como não poderia deixar de ser – extremamente seguro. A segurança da embalagem entregue em perfeitas condições de uso pelas distribuidoras deve, no entanto, ser acrescida de cuidados do usuário. Simples, mas fundamentais.
O primeiro cuidado começa já na hora da compra. O consumidor deve adquirir o gás somente em pontos de venda autorizados pela ANP e verificar se o lacre da embalagem está intacto. Mas é durante a instalação que a atenção deve ser redobrada. Vale lembrar que a mangueira e o regulador têm prazo de validade de cinco anos. Por isso, vencidos os prazos, esses acessórios devem ser trocados para evitar vazamentos.
Por fim, o botijão deve ser instalado a, pelo menos, 1,5 metro de grelhas e ralos para que o GLP, mais pesado que o ar, não se acumule ali em caso de escape. Locais ventilados naturalmente são indispensáveis, pois espaços fechados tendem a concentrar o gás em situações de vazamento, o que pode, existindo uma proporção exata de gás e oxigênio no ambiente, causar uma explosão se o produto entrar em contato com uma fonte de ignição. Aliás, é bom frisar que a explosão, quando ocorre, é do gás que vazou e não do botijão. O botijão não explode.
Ao falar em segurança, cabe mencionar que as normas reguladoras que norteiam o modelo da indústria brasileira de GLP o tornam vencedor, por isso mesmo “benchmark” para o mundo. Traz a melhor solução custo-benefício para acondicionamento de GLP em embalagem garantida pela empresa responsável pela marca gravada, em alto-relevo, no corpo do botijão. O grande vitorioso é o consumidor.
Sergio Bandeira de Mello – Presidente do Sindigás
