Fonte: EPBR

 vai elevar o preço da  em 8,8% e do  em 5,5% a partir de amanhã, 9 de março. Com isso, os preços médios nas refinarias serão de R$ 2,84 por litro para a gasolina e R$ 2,86 por litro para o diesel, após aplicação de reajustes de R$ 0,23 e de R$0,15 por litro, respectivamente.

A informação foi confirmada pela Petrobras.

Há menos de uma semana, em 2 de março, a Petrobras elevou os preços médios do diesel e da gasolina em 5%.

“O alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros refinadores, além da Petrobras”, disse a empresa, em nota.

Este é o segundo reajuste anunciado pela companhia desde que o presidente Jair Bolsonaro decidiu trocar o comando da Petrobras. O atual presidente da companhia, Roberto Castello Branco, tem mandato até 20 de março.

Brent supera US$ 70

Os contratos do petróleo Brent no mercado futuro foram negociados entre US$ 71,38 (+1,4%) e 68,97 (2,77%) nesta manhã de volatilidade dos preços após dias seguidos de ganhos na semana passada com a decisão do OPEP+ em manter os cortes de produção.

Brent fechou em alta de US$ 2,62 (+ 3,9%), a US$ 69,36 o barril na sexta (5). A máxima da sessão representou o mais alto patamar desde janeiro de 2020. Já o WTI avançou US$ 2,26 (+3,5%), para US$ 66,09 o barril.

Na semana passada, o Brent acumulou ganho de 5,2%, enquanto o WTI subiu 7,4%.

Na sexta (5), a pesquisa da ANP registrou que o preço do diesel nos postos do Brasil subiu pela sexta semana consecutiva, e os da gasolina, pela 11ª semana consecutiva. O etanol também manteve tendência de alta.

A cotação média do diesel nas bombas atingiu R$ 4,23 por litro na semana, alta de 1,1% em relação à semana anterior. No acumulado de 2021, o preço médio do diesel nos postos tem alta de 16,4%.

A nova elevação vem dias após a entrada em vigor da suspensão, por dois meses, da incidência de PIS/Cofins sobre o diesel, determinada pelo governo federal, em tentativa de conter a alta dos preços.

Os importadores combustíveis representados pela Abicom cobram um reajuste imediato da Petrobras para compensar a defasagem média 8% no diesel, com base na valorização da semana passada.

Segundo a associação, o litro do diesel importado com a alta de quinta está entre 20 e 26 centavos mais caro que o entregue pela Petrobras (média de 22 centavos). No caso da gasolina, as defasagens são de 29 a 37 centavos por litro, 32 na média.

A gasolina atingiu média de R$ 5,29 por litro nas bombas. O avanço na semana foi de 2,3%, e o acumulado do ano chega a 17,1% sobre o início de 2021.

Após os ganhos da semana passada, a Ativa Investimentos estimava um potencial de aumento da gasolina em 15%, com base na situação do mercado na sexta (5).

“Ainda que a companhia espere uma relativa estabilização dos preços internacionais, antes de tomar profunda decisão, avaliamos que o percentual deverá ser dado no curto prazo. Evidentemente que tal reajuste pode não ser dado de maneira integral pela companhia, devendo ser parcelado (ceteris paribus) ao longo das próximas duas semanas”, explica Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

Já o etanol, segundo a ANP, subiu na semana 6,9%, com preço médio nos postos de R$ 3,898 por litro. O biocombustível acumula alta de cerca de 22,5% em 2021.

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