Fonte: Fecombustíveis / Imagem: Divulgação

Apesar do alívio nos últimos dias, motoristas podem pagar mais caro pelos combustíveis a partir de segunda-feira. Isso porque a incidência de ICMS sobre o litro de combustível deve aumentar, em consequência de ato do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). No Distrito Federal, o preço médio da gasolina para fins de cálculo do ICMS passa a ser de R$ 6,009 por litro; a média do diesel comum sobe para R$ 4,696.

Só na gasolina, o aumento de R$ 0,27 com relação à tabela anterior, que entrou em vigor em 16 de julho. A incidência de ICMS também afeta os revendedores, que passam a pagar mais caro. Nos últimos dias, o preço da gasolina comum, que chegou a se aproximar dos R$ 6,20 no DF, teve uma queda.

Ontem, alguns postos vendiam o litro do produto por R$ 5,399. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás |Natural e Biocombustíveis (ANP), a média da gasolina comum no país na última semana ficou em R$ 5,822. No caso do diesel comum, o litro custava, em média, R$ 4,588. No Distrito Federal, essa média foi de R$ 5,950 e de R$ 4,668, respectivamente.

Os impostos são responsáveis por parte considerável do que é pago pelos consumidores na bomba (mais de 40% do total). Mas o preço elevado é causado, principalmente pela cotação do petróleo no mercado internacional — que, em 2021, atingiu o maior valor em sete anos — e pela valorização do dólar.

Com o alto valor do combustível, aqueles que trabalham com transportes terrestres são os principais afetados. Felipe Silva, de 28 anos, é motorista de aplicativo e conta que a situação está praticamente insustentável. “Estamos cancelando viagens que não compensam. Os passageiros vão sofrer cada vez mais, mas há viagens que não pagam nem mesmo o combustível”, pontuou.

O líder do Movimento dos Motoristas por Aplicativos do Distrito Federal, Manoel Scooby, diz que os cancelamentos são uma questão de sobrevivência. “Há menos motoristas nas ruas e, por isso, são chamados em locais distantes. Quando parece que eu vou longe buscar o passageiro para fazer uma viagem curta, aí eu não vou, cancelo. E aí o passageiro fica vinte, trinta minutos esperando transporte para ir para casa”, desabafa.

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