Fonte: Primeira Hora / Imagem: Pedro Ventura/Ag Brasília/Fotos Públicas

Há duas semanas, o deputado estadual Gilberto Cattani (PSL) usou sua assessoria de imprensa e enviou para os veículos de comunicação uma matéria que trazia no título a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar o alto preço do ‘gás de cozinha’, em Mato Grosso.

A notícia ganhou repercussão, afinal o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), em Mato Grosso, é o mais caro do Brasil.

A imprensa cuiabana chegou a anunciar que a proposta já tinha 16 assinaturas suficientes, dois terços da casa, para a abertura da comissão.

Mas o presidente da Assembleia Legislativa garantiu que até o momento nenhum documento chegou ao seu gabinete, com o número mínimo de assinaturas para a CPI.

O Primeira Hora apurou que pelos menos quatros deputados, que assinaram o pedido, estariam decididos a retirar o apoio da CPI. Um influente assessor da AL disse à redação que a criação da CPI às vésperas de ano eleitoral tem tudo para virar palanque. “Conversei com vários deputados, muitos entendem que a situação precisa sim ser investigada, mas agora próximo a 2022, que é ano de eleição, vai acabar contaminada e perder o verdadeiro foco. Pode até sair, porque tem apoio popular, mas será bem difícil”, disse.

No documento protocolado na Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Assembleia, o deputado explica que a investigação tem o propósito de descobrir se está havendo crimes contra o consumidor e contra a ordem econômica.

Segundo levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo – ANP, entre os dias 15 e 21 de agosto, preço médio do botijão de 13kg, em Mato Grosso, era de R$ 114,81.  O valor corresponde a mais 10% do salário mínimo, que está fixado em R$ 1.100,00.

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