Fonte: Mais Goiás / Imagem: Agência Brasil
A Petrobras diz considerar “insólita” a investigação aberta pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre os preços dos combustíveis no país. Para a estatal, o órgão de defesa da concorrência tenta, com o inquérito, regular os valores cobrados pelas refinarias.
As declarações são parte de ofício encaminhado pela empresa ao Cade na noite de segunda-feira (24), em resposta a pedido de esclarecimentos feito no âmbito de inquérito aberto no último dia 12 para investigar possíveis infrações praticadas pela Petrobras por “abuso de posição dominante”.
Argumentos semelhantes são usados pela estatal em resposta a outro inquérito aberto pelo Cade para investigar o preço do gás natural. Com o fim dos contratos antigos, algumas distribuidoras recorreram à Justiça para tentar impedir aumentos de até 50% nos valores cobrados pela estatal.
O inquérito administrativo sobre os combustíveis foi aberto logo depois do anúncio de reajustes nos preços dos combustíveis nas refinarias. O diesel passou de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro, enquanto a gasolina subiu de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro.
A Petrobras defende que aspectos competitivos do mercado de combustíveis já foram debatidos no acordo feito entre as duas partes em 2019, que culminou com a determinação de venda de parte do parque de refino estatal. E questiona se há algum elemento novo que justifique o novo inquérito.
“O contexto das justificativas apontadas para a abertura do presente inquérito leva a supor que seu fundamento consiste em preocupações relativas ao nível de preços praticado pela Petrobras na comercialização de seus produtos, assim como à lucratividade da companhia”, diz.