Fonte: Diário do Grande ABC / imagem: Divulgação

A disparada do preço do petróleo levou a Acelen a reajustar o diesel em 12,4% e a gasolina em 3,6% a partir deste sábado na Refinaria de Mataripe, na Bahia, para alguns mercados onde atua. Mataripe, ex-Refinaria Landulpho Alves (Rlam), foi privatizada em dezembro do ano passado e tem feito reajustes semanais para a gasolina e o diesel, enquanto os demais combustíveis têm um ritmo menor de alteração.

O barril de petróleo tem operado com grande volatilidade, e os contratos para maio chegaram a se aproximar dos US$ 140 no início de março. Na sexta-feira, 25, os contratos para maio fecharam cotados a US$ 120 o barril, depois de terem ensaiado uma volta ao patamar de US$ 100 uma semana antes. A recuperação do preço da commodity é uma soma da recuperação da economia global no pós-pandemia e uma oferta apertada da commodity por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Já a Petrobras tem feito menos reajustes, mas com porcentuais elevados. O último aumento foi realizado no dia 11 de março, de 25% para o diesel, 18,7% para a gasolina e de 16% para o gás de cozinha. Desde essa data, o petróleo subiu cerca de 10% no mercado internacional.

O impacto dos últimos aumentos foi verificado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na semana de 20 a 26 de março. A gasolina disparou 6,5% no período na Bahia, para R$ 8,949 o litro, enquanto o preço médio do País registrou recuo, segundo a ANP, de R$ 7,267 para R$ 7,210 o litro, queda de 0,7%.

Já o diesel registrou média de R$ 6,564, queda de 1,3% contra a semana anterior, com o maior preço, de R$ 7,970 sendo encontrado em Balsas, no Maranhão, e o menor, de R$ 5,159 o litro, em Cachoeirinha, Rio Grande do Sul.

O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) de 13 quilos, ou gás de cozinha, subiu 0,6% em uma semana, de acordo com o levantamento da ANP, e mantém o maior preço em R$ 160 o botijão, enquanto o menor preço passou de R$ 80 para R$ 89, alta de 11,2%. Na Bahia, o preço da Acelen para o gás de cozinha está em média cerca de 5% mais barato do que o praticado pela Petrobrás.

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), apesar dos aumentos, os preços internos continuam defasados e as importações continuam inviabilizadas. Na sexta-feira, o diesel registrava preço 17% maior no Golfo do México do que no Brasil e a gasolina de 7%, segundo a Abicom.

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