Fonte: Exame / imagem: Reuters

A Petrobras (PETR3, PETR4) realiza nesta quarta-feira, a partir das 15h, as assembleias gerais Ordinária e Extraordinária, que vão votar sobre o próximo conselho de administração da companhia e o próximo presidente do colegiado para o período entre 2022 e 2024.

As assembleias acontecem em novo momento de tensão e desconfiança de investidores e analistas quanto ao futuro da gestão da companhia, uma vez que o atual CEO, o general Joaquim Silva e Luna, será substituído porque desagradou o presidente da República, Jair Bolsonaro, no tema da política de preços de combustíveis.

Depois das desistências de Adriano Pires e Rodolfo Landim das nomeações de Bolsonaro — como representante da União, o principal acionista da estatal — para os cargos de presidente-executivo (CEO) e presidente do conselho, respectivamente, nas últimas semanas, a eleição deve confirmar as novas lideranças da companhia. Nos dois casos, novamente por indicação da União.

O químico José Mauro Ferreira Coelho deve ser eleito para o conselho, um passo necessário para que possa depois ser eleito o próximo CEO da petrolífera, em substituição a Silva e Luna. Coelho é presidente do conselho da Pré-Sal Petróleo (PPSA) e foi secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia.

Ferreira Coelho teve o nome aprovado por unanimidade pelo comitê de pessoas da estatal ontem, dia 12.

O presidente do conselho, segundo o esperado, será o engenheiro Márcio Andrade Weber, que tem extensa carreira na indústria de óleo & gás desde 1976, incluindo um período de 16 anos na própria Petrobras.

Os acionistas da Petrobras votarão em uma chapa única apresentada pela União, com oito nomes de um total de onze que compõem o conselho de administração. Coelho e Weber fazem parte dessa chapa.

Mas acionistas minoritários vão tentar forçar a eleição de cada nome do conselho de forma segregada. Caso a proposta seja adotada, a União pode não conseguir emplacar todos os oito nomes, ainda que deva manter a maioria do colegiado.

Para boa parte dos analistas, no entanto, independentemente de quem for eleito, a estatal continuará sujeita ao risco de interferência política, principalmente por causa da eleição presidencial de outubro.

Categorias: DestaqueNotícias

Copyright © 2016 - Sindigas - www.sindigas.org.br — Todos os direitos reservados - Política de Privacidade