Fonte: Sindigás

O Sindigás alerta para o perigo da má conduta do botijão de gás. Por mais que a embalagem seja extremamente segura, feita com uma chapa de aço muito resistente, capaz de suportar com muita folga a pressão do gás, é preciso ter consciência dos cuidados com o manuseio. O botijão não pode ser arremessado, por exemplo. Além dos riscos iminentes a sérios acidentes devido aos danos causados à embalagem, o manuseio inadequado, sem o cuidado com as questões ergonômicas, inevitavelmente prejudicará a saúde do trabalhador ou do usuário. O utensílio requer cuidados simples, porém fundamentais para evitar acidentes. A conscientização do consumidor e de todos que estão em sua cadeia logística é essencial.

Todo o sistema vigente é regulado e objetiva garantir a comercialização segura do botijão de gás. Porém, a segurança é projetada para o uso do produto de forma adequada, sem submetê-lo a situações que não condizem com seu propósito, como, por exemplo, hipóteses de colocar o botijão como “móvel”, suporte, contrapeso, utilizá-lo para arremessos ou malabarismos e como peso para exercícios. Ademais, um produto cuja embalagem pesa, aproximadamente, 13kg, podendo com a carga completa pesar 26kg, não pode ser considerado algo a ser manuseado de forma descuidada e acrobática, sob risco de danos graves à saúde, além de representar um exemplo a não ser seguido.

Não importa se o recipiente está vazio ou com gás, o seu manuseio adequado e seguro deve sempre ser preservado. Fortes impactos no corpo ou nos acessórios do botijão, alça ou base, podem danificar a estrutura desse recipiente e causar graves acidentes com consequências não desejadas. Desde uma mossa no corpo do recipiente ou a um comprometimento na solda que poderá gerar vazamento de gás no momento do manuseio inadequado, ou na cozinha de um consumidor.

Importante destacar que as distribuidoras de GLP, comprometidas com a qualidade do produto e segurança, têm regras rígidas de manuseio para prevenir acidentes e assegurar o bem-estar dos consumidores e dos colaboradores. Uso e manuseio inadequados trazem riscos, podendo impactar de forma importante a saúde das pessoas. Podem, ainda, trazer prejuízos e danos para o empresário responsável pela comercialização, para a saúde pública, enfim, são práticas nocivas para toda a sociedade.

O botijão segue normas técnicas de segurança para sua composição, armazenamento e comercialização. Além do aço utilizado no corpo do recipiente receber tratamento térmico no início do processo de fabricação, o botijão também passa por diversos testes e ensaios. Testes fundamentais para atestar a resistência da chapa do corpo do botijão e da solda realizada. Um recipiente deve suportar, sem romper, no mínimo oito vezes a sua pressão de serviço. Além disso, os recipientes de 5, 7, 8 e 13 quilos (o mais comum) contam com dispositivo térmico de segurança que impede a sua explosão diante de um calor intenso.

Periodicamente, todo recipiente passa por um rigoroso processo de requalificação para avaliação das suas condições estruturais, para constatar se permanece apto a retornar ao mercado, mantendo suas características de segurança estabelecidas na sua fabricação. A primeira requalificação deve ocorrer até o botijão completar 15 anos de fabricação. A partir daí, as demais devem ocorrer a cada 10 anos.

Espetacularizações ou utilização de forma popular/apelativa do botijão para usos diversos do qual ele é projetado somente expõe a sociedade a riscos que todo o sistema vigente atual busca prevenir e assegurar. E quanto o aspecto ergonômico, deve-se ter consciência que o movimento errado do corpo poderá provocar uma lesão grave permanente. Um risco desnecessário.

Sindigás – Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo

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