Fonte: Click Macaé / imagem: Petrobrás
Prorrogação foi anunciada na sexta-feira, prazo limite inicialmente previsto; acordo com o Cade prevê venda de 8 das 13 unidades de refino mantidas pela empresa
A Petrobras anunciou na sexta-feira (15/07) que prorrogou os prazos para que investidores manifestem interesse nas negociações para compras de três refinarias: Abreu e Lima (Ipojuca-PE), Presidente Getúlio Vargas (Araucária-PR) e Alberto Pasqualini (Canoas-RS).
A prorrogação ocorreu no último dia do prazo original, agora ampliado até 29 de julho, última sexta-feira do mês.
A negociação envolve também os ativos logísticos integrados às refinarias.
Segundo a companhia, os potenciais compradores precisam assinar o acordo de confidencialidade e a declaração de conformidade até 12 de agosto, para dar continuidade à negociação.
A retomada dos processos de venda das três unidades aconteceu no dia 28 de junho, mesma data em que o Conselho de Administração da Petrobras aprovou o nome de Caio Paes de Andrade para o comando da companhia.
A venda de ativos de refino é fruto de um acordo da Petrobras com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para reduzir a concentração de atividades do mercado em uma só empresa.
O acordo estipula a negociação de 8 das 13 unidades deste tipo mantidas pela estatal.
No entanto, até o momento, a companhia negociou apenas uma refinaria: Landulpho Alves, na Bahia, que atualmente pertence ao Fundo Soberano Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos.
Das três refinarias que a empresa pretende negociar, a Alberto Pasqualini (RS) é a principal.
Inaugurada em 1968, tem capacidade para refinar mais de 220 mil barris por dia, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A Refinaria Presidente Getúlio Vargas (PR), de 1977, refina cerca de 213 mil barris diários, o que faz dela a sexta maior do país.
Abreu e Lima, com operações iniciadas em 2014, refina 114 mil barris a cada intervalo de 24 horas, o que faz dela a nona maior do Brasil e a segunda maior do Nordeste.
O parque de refino brasileiro não atende às demandas do mercado interno por combustíveis.
Atualmente, o país importa cerca de 25% de todo o diesel consumido e 10% da gasolina.
Agentes de mercado defendem que a manutenção da política de Paridade de Preço de Importação (PPI), criticada por ser apontada como responsável pelas recentes altas de preços dos combustíveis, e a diversificação de empresas na cadeia produtiva do setor, podem aumentar a competitividade e atrair novos investidores para o segmento de refino.
De acordo com o boletim diário da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), divulgado nesta sexta-feira (15), o óleo diesel comercializado no Brasil está em linha com os preços internacionais.
No entanto, a gasolina está com preço 8% acima da média encontrada no exterior, o que resulta em uma diferença de R$ 0,31.
Esses valores flutuam, de acordo com as variações internacionais das commodities em seus mercados e com o câmbio.
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Fonte: CNN Brasil