Fonte: Estado de Minas / imagem: Sindigás
Os pesquisadores do Mercado Mineiro recomendam cautela e pesquisa na hora de comprar, devido às variações serem muito significativas.
Com o preço alto do gás para o consumidor, uma pesquisa de preço confirma como é importante pesquisar antes de comprar. A variação de preços é de até 56,84% na capital mineira.
De acordo com o site de pesquisas Mercado Mineiro, o botijão de 13 kg pode custar de R$ 95,00 até R$ 149,00. A pesquisa divulgada nesta segunda-feira (01/08) foi feita em 100 estabelecimentos entre os dias 27 a 29 de julho de 2022.
O cilindro de 45 kg retirado no estabelecimento ou entregue no domicílio pode custar de R$ 400,00 a R$ 598,00, uma variação de 49,50%. O preço médio do botijão acumula uma alta de janeiro até julho de 2022 de 7,46%, era R$ 112,00 e subiu para R$ 120,37. O cilindro de 45 kg, que em janeiro custava R$ 431,09, subiu para R$ 462,91, um aumento de 7,38%.
O analista econômico da Faculdade Arnaldo, Alexandre Miserani, explica que o aumento no preço do gás de cozinha tem vários motivos, por isso, afeta vários lugares. “Inicialmente, a Guerra da Ucrânia. A Rússia é uma grande exportadora de gás, e houve uma diminuição de ofertas do produto para o restante do mundo, para atender ao mercado europeu. Logo, houve uma valorização do gás e dos derivados do petróleo no mercado mundial, pois há menos oferta do que a necessidade de consumo”, explicou.
O segundo motivo seria o aumento geral dos combustíveis fósseis. “ O preço do gás está chegando a praticamente 10% do salário mínimo, que é a renda mensal dos brasileiros em média. Isso causa um efeito cascata, com o gás aumentando, comer fora fica mais caro, dentro de casa também fica salgado. Há ainda uma preocupação de saúde pública, pois as pessoas estão substituindo o gás de cozinha por álcool, carvão e lenha por exemplo, causando acidentes sérios e até mesmo morrendo. O problema é sério, é uma questão de sobrevivência”, esclareceu.
Afinal, é melhor comer em casa ou fora ?
O economista defende que comer em casa vai sempre ser a melhor opção. “ Comendo em casa, se pode verificar e controlar o uso do gás de cozinha e quais insumos vão ser utilizados na refeição. Por exemplo, é possível optar por alimentos in natura, sem a utilização de gás, que podem ser ingeridos crus. O que não for proteína, dá para controlar melhor”, contou.
Para ele, na rua o consumidor fica sujeito às opções do mercado, e mesmo que às vezes pague o mais barato, ainda assim não estará economizando. “ Está caríssimo. Imagina sustentar os valores de comer fora todos os dias, é insustentável. O ideal é que as pessoas usem a criatividade e evitem comer fora, economizando na escolha de qual alimento vai preparar”, finalizou.