Fonte: Sindigás

Vigora no Brasil um modelo em que o enchimento de recipientes transportáveis para comercialização de GLP se dá em bases engarrafadoras, localizadas em áreas industriais, longe de centros urbanos, e seguem normas e padrões técnicos rígidos, definidos por órgãos governamentais, regulação específica e especial, para assegurar o sucesso e a segurança dessa operação. Em conjunto a isso, a observância da marca em cilindros de GLP é um ponto crucial para o bom funcionamento dessa indústria e para a garantia da qualidade do produto e de serviços de excelência ao consumidor. Isto posto, a marca estampada no botijão possui diferentes papéis, sendo um dos principais o atrelamento de responsabilidade sobre não conformidades alocadas diretamente nas distribuidoras que realizaram o envase.

Atualmente, no país, 66 milhões de lares utilizam botijões que funcionam ao lado de fogões acesos. Para garantir que o uso do produto transcorra com total segurança, há uma rígida rotina de procedimentos determinados pela ANP, ABNT, Inmetro e outros organismos, que são seguidos à risca pelas empresas distribuidoras. Cada botijão tem a garantia da distribuidora que o colocou no mercado. É muito fácil, portanto, identificar de quem é a responsabilidade caso ocorra qualquer problema com o produto, basta ver a marca gravada em alto relevo no corpo do recipiente.

O respeito à marca também traz atrelada outra vantagem importante. Se o consumidor precisar de qualquer tipo de assistência técnica, ele saberá exatamente a quem recorrer. Basta verificar a marca estampada no recipiente. Cada embalagem possui selo; lacre; rótulo de instruções de segurança; assim como dados referentes ao envasamento, informados pela companhia responsável pelo respectivo produto. Além disso, as empresas distribuidoras têm o dever de manter atendimento ininterrupto (24 horas) e assistência técnica ao consumidor.

As empresas distribuidoras, que têm sua atividade autorizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, órgão de regulação e fiscalização, investem, ainda, em um rigoroso programa de requalificação de botijões, operação que garante sempre ao consumidor o recebimento de um recipiente em perfeitas condições de uso. A segregação de um botijão para requalificação ocorre nas bases de envase das distribuidoras de GLP, antes do enchimento. E é de total responsabilidade das empresas a separação e o encaminhamento para o serviço de requalificação ou sucateamento dos botijões de sua marca.

Para que todo esse conjunto de procedimentos atenda seus objetivos, é fundamental contar com a parceria das empresas revendedoras. Elas têm um papel vital na garantia da qualidade do produto e dos serviços, aspectos que estão no âmago das normas seguidas pela indústria de GLP.

Por serem o elo final da cadeia que leva o GLP ao consumidor, os revendedores devem estar atentos ao comprar o GLP envasado, verificando se as normas estão sendo cumpridas, da necessidade de requalificação à identificação adequada das marcas. Até mesmo para sua própria segurança, os revendedores devem conferir sempre se a empresa que comercializa o GLP envasado tem realmente direito ao uso da marca, caso contrário o próprio revendedor pode acabar sendo responsabilizado em caso de não conformidade.

Como pode-se observar o revendedor deve ter clareza de que, ao ser recebido pelo consumidor em sua casa, o botijão leva junto todo esse sistema virtuoso descrito acima. Tal sistema pode ser desconhecido pelas famílias, mas está no racional de uma experiência de compra segura e satisfatória, que precisa ser seguido com zelo por todos os agentes da cadeia de distribuição e revenda de GLP.

Sergio Bandeira de Mello
Presidente do Sindigás


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