Fonte: Bahia Econômica / imagem: ACELEN
Após os investimentos em tecnologia feitos na sua planta desde o fim do ano passado, a Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, vai poder entregar um novo produto ao consumidor brasileiro.
Trata-se do butano, gás de alta pureza usado em mistura com outros gases para aplicações em diversos produtos, como espumas de barbear, fogareiros, chantilly e instrumentos de cozinha. A Acelen vai ser a primeira produtora no Brasil de butano e vai produzir mil toneladas de por mês para atender 10% do consumo brasileiro. Atualmente toda demanda nacional por butano é atendida por importações da Argentina e Bolívia. As informações são do jornal Valor Econômico.
O vice-presidente da área comercial e de trading da Acelen, Cristiano da Costa, disse ao jornal que a produção do butano ocorre depois do aumento da taxa de utilização, índice que mede a produção efetiva de uma unidade de refino em relação à capacidade total. Historicamente, essa taxa na refinaria baiana era de 65%, mas hoje está em cerca de 85%.
Só este ano, a Acelen vai investir R$ 1,1 bilhão na refinaria, sendo que R$ 500 milhões estão sendo aplicados em paradas de produção programadas. O objetivo é modernizar a refinaria, além de aumentar a confiabilidade e a eficiência operacional. “Investimos para tirar gargalos da planta, realizar manutenções e aplicar inovações tecnológicas”, disse Costa.
O butano é refinado a partir de gás liquefeito de petróleo (GLP), o “gás de cozinha”, que já é produzido na refinaria. O aumento da produção na unidade, com a maior taxa de utilização da refinaria, permitiu entregar um novo produto sem prejuízos à produção de GLP.
Costa afirma que a produção nacional vai ser competitiva em relação à importação, além de ter vantagens logísticas. “Nossos preços são transparentes e alinhados com o mercado internacional”, disse.
Esse é o terceiro produto incorporado ao portfólio da Acelen este ano, que passou a produzir também solventes especiais e o gás propano. A Refinaria de Mataripe tem hoje em carteira mais de 30 derivados de petróleo e gás e estuda incorporar novos produtos nos próximos meses. Segundo Costa, há possibilidade de ampliar ainda mais o fator de utilização da planta.