Fonte: Correio da Bahia – Impresso / imagem: CJJ
Desde o último domingo (06), o pintor Neidson dos Santos, 40 anos, sai de casa à procura do botijão de 13 quilos e não consegue achar o produto. A alternativa encontrada pela família dele, que mora em Pituaçu, é cozinhar com lenha. “Já fui em vários lugares e não acho, estou procurando há dias e estamos tendo que usar o fogão a lenha em casa”, diz.
Ontem, Neidson tentava garantir o produto na revendedora Império do Gás, localizada no mesmo bairro onde mora. O estabelecimento, na hora que ele esteve lá, ainda tinha o produto, mas desde a semana passada o dono da loja não consegue trabalhar normalmente porque a distribuição está reduzida. Antes do final do dia, nesta terça, o estoque ficou zerado. Luciano Rodrigues, proprietário da revenda, estima que tenha deixado de vender 700 unidades em quatro dias.
O botijão de gás é vendido na Bahia atualmente por R$ 120, em média, o que significa que, em menos de uma semana, Luciano pode ter deixado de arrecadar R$ 84 mil. Ele lamentou o prejuízo: “O custo para rodar uma empresa de gás é muito alto, dispomos
O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liqüefeito de Petróleo (Sindigás) emitiu nota, ontem, informando que diante dos problemas com a oferta de GLP pela Refinaria de Mataripe, as distribuidoras associadas à entidade se uniram em um esforço para trazer o produto do Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. A entidade também não descarta importar GLP da Argentina e da Bolívia em cargas rodoviárias, mas para isso precisaria utilizar estrutura da Petrobras ou da própria refinaria da Acelen. “Tudo para garantir o melhor abastecimento possível”, diz a nota. Ainda segundo o Sindigás, “não há razão para uma corrida pela compra do produto, pois o suprimento será regularizado brevemente. O Sindigás alerta que compras antecipadas podem gerar uma sensação de escassez, pressionando os preços, o que pode trazer mais danos à sociedade”, finaliza.
