Fonte: Portal a Tarde / imagem: CJJ

A Refinaria de Mataripe, antiga Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, comprada pelo fundo árabe Mubadala no final do ano passado, reduziu a produção de gás de cozinha (GLP), provocando desabastecimento do produto na região.

“A escassez do produto é inadmissível. A FUP e o Sindipetro da Bahia sempre alertaram para o equívoco da privatização das refinarias da Petrobrás, que leva à criação de monopólios regionais, em detrimento do consumidor brasileiro, sujeito a reajustes abusivos de preços dos combustíveis e à escassez de produtos”, destacou o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar, lembrando que depois de privatizada, a refinaria destacou-se por ter a gasolina mais cara do país.

A Rlam é a principal fornecedora de derivados do Nordeste e responde por 14% da capacidade de refino no Brasil.

O problema vem se arrastando desde a semana passada e já atinge várias cidades da região, entre elas Feira de Santana, segundo maior município da Bahia, e Itabuna, ao sul do estado.

Um Levantamentos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/subseção Federação Única dos Petroleiros-FUP), com base em preços acompanhados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mostram que, durante o governo Bolsonaro, o gás de cozinha aumentou 96,7% nas refinarias, enquanto a inflação acumulou 24,9% e o salário-mínimo subiu 21,4% no período.

Em nota, a Acelen informa que está atuando ativamente para restabelecer, aos níveis normais, o fornecimento de GLP aos clientes. Algumas unidades da Refinaria de Mataripe estão passando por manutenção programada ou reativação, o que foi informado com antecedência de 90 dias à agência reguladora e a seus clientes. Para garantir uma operação mais eficiente e segura para funcionários e população do entorno, foi necessário ajustar os prazos originalmente previstos para retomada da operação. É importante destacar que a empresa vem tomando todas as medidas para restabelecer o suprimento ao mercado da Bahia e de Sergipe. Foram e seguem sendo ampliadas as importações do produto, com a contratação de navios de GLP, medida que vai ser reforçada até que a produção na refinaria tenha sua capacidade total inteiramente regularizada.

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