Fonte: Metrópoles / imagem: Geraldo Magela/Agência Senado

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), integrante do grupo técnico de Minas e Energia na equipe de transição, afirmou nesta terça-feira (22/11) que o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, garantiu que não vai tomar ou alterar decisões estratégicas que afetem a estrutura, os programas e as ações da pasta na reta final da gestão.

“Além de ter sido bastante cooperativo e receptivo, ele [Sachsida] nos informou que tomou a decisão de suspender qualquer decisão de caráter estrutural do ministério até a mudança do governo”, explicou Prates, na saída da reunião na sede do minstério.

Segundo o senador, a medida é importante para evitar “surpresas” ou “sobressaltos” nesse período inicial do governo Lula, que terá início em janeiro de 2023.

Por volta das 9h30, o coordenador executivo do gabinete de transição de Minas e Energia, professor Maurício Tolmasquim, e os relatores dos subgrupos, Jean Paul Prates (Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Giles Azevedo (Mineração) e Nelson Hubner (Energia Elétrica) se reuniram com o atual titular da pasta.

Transição no Ministério de Minas e Energia

O encontro desta terça marca o início do contato do gabinete de transição de Minas e Energia com o atual governo. As equipes têm até o próximo dia 30 de novembro para apresentar o relatório preliminar, segundo o senador. “A gente tem pouco tempo para muito trabalho, por isso estamos tentando adiantar o processo”, frisou.

Mais tarde, o grupo técnico teve uma reunião interna no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), sede da transição, para consolidar um diagnóstico da situação atual e montar um documento com prioridades.

“Vamos mapear as ações emergenciais, verificar o que precisa ser feito imediatamente e sugerir algumas políticas para os primeiros 100 dias do governo. Esse documento vai ser dado para o ministro quando assumir, para ele já ter um Raio-x do setor pronto”, explicou.

Preços dos combustíveis

Questionado sobre as decisões do ministério ligadas à Petrobras e a política de valores dos combustíveis em território brasileiro, Prates argumentou que até o momento, não há nada sendo discutido sobre a questão dos preços da gasolina e do diesel.

“Não é a Petrobras, ao nosso entender e do presidente Lula, que baixa os preços de combustíveis”, salientou. Quem faz a política de preços, segundo Prates, é a questão de política setorial, ligada ao governo. “Claro, a Petrobras pode contribuir, mas é principalmente a agência reguladora e ministério que fazem esse processo, e isso vai se dar dentro do novo governo”.

Na saída da reunião interna no CCBB, o senador afirmou que haverá uma reunião específica sobre a petrolífera com o presidente, “no sentido de assegurar a mesma coisa, ou seja, suspender todos os processos que sejam mais estruturais, mais estratégicos em relação à empresa nesse momento, aqueles que estiverem começando recentemente etc, para que a gente possa tomar essas decisões com mais calma.”

Categorias: DestaqueNotícias

Copyright © 2016 - Sindigas - www.sindigas.org.br — Todos os direitos reservados - Política de Privacidade