Fonte: Diário de Pernambuco / imagem: SUAPE
Após a quebra do monopólio da Petrobras para a realização de importação de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o Porto de Suape registrou a maior operação por agente privado de importação de gás de cozinha para o Nordeste brasileiro.
O feito foi viabilizado depois que uma decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) determinou que a companhia mantivesse seu navio-cisterna BW Princess em operação para armazenamento do produto, mesmo se a estatal nacional deixasse de atuar nesse segmento.
Assim, a Petrobras precisou abrir espaço para que empresas privadas pudessem usar a capacidade do navio-cisterna, que opera no porto externo de Suape, onde ficam localizados os quatro píeres de granéis líquidos da estatal pernambucana.
A operação foi realizada pela Interco, uma trading company que atende o segmento de derivados de petróleo com foco em GLP, em parceria com a companhia argentina Transportadora Gas del Sur, permitindo ao atracadouro pernambucano receber 12,5 mil toneladas de GLP.
O produto foi adquirido por distribuidoras que atuam no complexo portuário para atender ao consumo na região.
Atualmente, a Interco mantém contratos com a Nacional Gás Butano, Copa Energia, Supergasbras, Ultragaz e Consigaz. De acordo com a Interco, a mercadoria foi transportada pelo navio Eco Arctic, proveniente do Porto de Bahia Blanca, localizado no sul da província de Buenos Aires.
“O objetivo é oferecer para as distribuidoras uma garantia de suprimento, permitindo que elas mantenham suas operações de forma contínua. As distribuidoras têm interesse em fazer esse processo de forma consistente”, comentou o diretor de Commodities e Trading da startup, Marcos Paulo Ferraz.