Fonte: Hiper Notícias / imagem: Petrobras

O deputado federal Emanuelzinho (MDB) criticou a atual política aplicada nas relações comerciais de petróleo e gás no Brasil. “Nosso país tem se tornado um quintal de exploração internacional nos últimos anos. Quando o presidente Getúlio Vargas criou a Petrobras, foi justamente para dar soberania”, disparou, em Plenário, durante sessão na Câmara Federal, nesta quarta-feira (8).

O discurso do parlamentar foi para reforçar a mensagem do governo federal, que busca retomar uma estratégia para implementar uma política que atenda aos interesses nacionais. “Da extração, ao tratamento, à produção, ao refino, ao transporte do petróleo, de forma que não fiquemos reféns da variação dos preços internacionais”, disse.

O parlamentar contextualizou a história recente do Brasil, relembrando que a missão principal da Petrobras era garantir que os custos de produção oferecessem preços competitivos dos derivados de petróleo para que a população brasileira pudesse ter acesso a preços razoáveis. Emanuelzinho diz ainda que o Brasil aderiu a uma lógica privatista, sem critérios, que o tem colocado numa vulnerabilidade internacional astronômica.

“Resultado: inúmeras famílias brasileiras das quais nós, parlamentares somos testemunhas, nas andanças que fizemos pelos rincões do Brasil, tiveram que trocar o gás de cozinha pelo fogão à lenha, perdendo a realidade tecnológica do século XXI e retrocedendo a República Velha dos séculos XIX e XX”, apontou o deputado em discurso na tribuna.

Demonstrando ter se preparado para o debate, Emanuelzinho chegou a fazer uma comparação sobre os preços praticados no mercado. “Durante a crise de 2008, o barril de petróleo chegou a 146 dólares, a variação do preço do combustível, durante o governo do presidente Lula, foi de somente 10 centavos. Quando o barril de petróleo foi a 130 dólares houve a variação de 1 a 2 reais do custo da gasolina. Isso mostra como a Petrobras está na contramão da história”, disse.

O deputado também relembrou o caso da RLAM, refinaria do Estado da Bahia, que foi vendida para um fundo de investimento saudita.

“Essa empresa valia cerca de 3 a 4 bilhões de dólares e foi vendida a 1,5 bilhão de dólares. O grande problema em relação a isso é que não somente a refinaria foi privatizada, mas também foi o terminal, o oleoduto e toda a infraestrutura que garante o abatimento e a diminuição dos custos de produção. Tanto isso ocorre que o resultado foi que a média dos preços naquela região, onde aquela refinaria garante o preço final dos produtos, subiu cerca de 30%”, afirmou.

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