Fonte: MME / imagem: MME
Há exatos 20 anos, o presidente Luís Inácio Lula da Silva lançava o primeiro veículo nacional biocombustível, trazendo novas e econômicas alternativas para o consumidor, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e projetando um novo cenário para a indústria automotiva brasileira. O ato, que estreou o carro flex no país, em 24 de março de 2003, celebrou um marco histórico inaugurando uma promissora caminhada para o desenvolvimento nacional.
Ao comemorar o marco histórico, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que o MME vai continuar avançando no processo de descarbonização. “Junto com o presidente Lula, vamos avançar no processo de descarbonização da nossa frota. O presidente já tinha essa preocupação desde o seu primeiro mandato e vamos acelerar esse processo. Vamos integrar as políticas públicas com a retomada do Programa Combustível do Futuro”, declarou o ministro. “A transição energética é prioridade no nosso ministério. Vamos em busca de reduzir as emissões, agregar tecnologia aos veículos e beneficiar motoristas, passageiros e o meio ambiente”, acrescentou Silveira, que destacou a importância dos veículos flex não somente pela sua importância na questão ambiental, mas, especialmente, para o consumidor brasileiro, que economizou mais de R$ 33 bilhões devido o custo ser mais barato.
Hoje, 80% da frota nacional de veículos leves é composta por veículos flex, cujo índice de comercialização atingiu a casa dos 40 milhões ao longo desses 20 anos. O sucesso está, principalmente, em duas vertentes: economia para o bolso do consumidor e liberdade de escolha entre dois combustíveis, etanol hidratado ou gasolina, no momento do abastecimento.
Sustentabilidade ambiental
De 2003 a 2022, 300 bilhões de litros de etanol hidratado ajudaram a garantir o abastecimento no País. A utilização do etanol hidratado nos veículos flex evitou a queima de 210 bilhões de litros de gasolina C, o que corresponde a 511 milhões de toneladas de CO2 em emissões evitadas somente com o uso do hidratado. Isso equivale ao sequestro de carbono de uma área de 3 milhões de hectares de floresta plantada.
Com ambas as formas de etanol combustível, o anidro misturado na gasolina e o hidratado utilizado em sua forma pura nos motores flex, o Brasil deixou de utilizar 1,8 bilhão de barris de petróleo equivalente sob a forma de gasolina e oxigenantes fósseis nos últimos 20 anos. Isso corresponde a um ano e meio da produção nacional de petróleo.
O Brasil tem a matriz energética mais limpa dentre as grandes economias no mundo e os biocombustíveis fazem parte da estratégia nacional para o cumprimento pleno da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) brasileira no Acordo de Paris. O futuro da mobilidade sustentável de baixo carbono passa pela valorização dos biocombustíveis e pela coordenação de políticas públicas que valorizem o patrimônio tecnológico que o País possui na produção e uso de bioenergia.