Fonte: Brasil Amazônia Agora / imagem: Fogas
Os Benchimol vieram apostar no ciclo da borracha, o período econômico mais pujante da memória amazônica a partir de seu acervo natural. A inauguração da fábrica vem atenuar e consolidar o elo decisivo da cadeia produtiva de geração e distribuição do gás liquefeito de petróleo, produzido pela Fogás, que e vai atender, diretamente, a demanda de energia de todos, especialmente dos lares da região que dependem desta fonte essencial de energia para produção de alimentos.
Inaugurada neste 1º de Maio, Gasônia, a primeira fábrica de botijões de gás da região, sinaliza mais um feito extraordinário da saga Benchimol(*), presente na Amazônia desde que seu patriarca, Israel Benchimol e sua esposa Nina Siqueira vieram para a região, no início do Século XX, e considerada por muitos a nova Terra Prometida.
Os Benchimol vieram apostar no ciclo da borracha, o período econômico mais pujante da memória amazônica a partir de seu acervo natural. A inauguração da fábrica vem atenuar e consolidar o elo decisivo da cadeia produtiva de geração e distribuição do gás liquefeito de petróleo, produzido pela Fogás, que e vai atender, diretamente, a demanda de energia de todos, especialmente dos lares da região que dependem desta fonte essencial de energia para produção de alimentos.
O empresário Jaime Benchimol, presidente da Fogás, e anfitrião do evento, em seu pronunciamento, destacou a importância da iniciativa, sem deixar de comentar as dificuldades burocráticas de quem tem que enfrentar o formalismo do poder público. Um modo estéril de gestão pública que emperra, desde sempre, o empreendedorismo na Amazônia.
Ele agradeceu o apoio das entidades, de alguns órgãos de governo, de fornecedores e apoiadores de mais este sinal de defesa e compromisso com o desenvolvimento regional. Jaime tem percorrido os fóruns que debatem o futuro da região e os embaraços impostos ao crescimento e diversificação econômica. E tem alertado sobre nossas dificuldades de priorizar os interesses da região que precisa de autonomia para assumir o protagonismo da mudança, tomando as rédeas das decisões em favor do Amazonas e da região.
O evento de inauguração da Gasônia homenageou a figura de Saul Benchimol, o último dos três filhos empresários de Israel Benchimol. Os outros dois, Samuel e Israel, nos deixaram há mais tempo. Jaime sublinhou o papel preponderante da figura de seu tio, Saul Benchimol, seu apoio e entusiasmo, falecido no ano passado, sua obstinação por esse empreendimento.
Seu filho, Jonathan Saul Benchimol, teve dificuldades de proferir seu depoimento tal a emoção que tomou conta de suas palavras. Ambos, juntamente com José Benzecry Benchimol, são os artífices dessa empreitada tão determinante para famílias e empresas que atuam na região. E por falar em José Benchimol, que será o presidente da Gasônia, seu papel foi exaltado pelo presidente da Fogás. “Ele foi o idealizador e executor desse projeto”.
A Gasônia, hoje inaugurada, consumiu R$60 milhões e terá seu funcionamento está a cargo de 37 profissionais que vão responder pela produção de 420 mil botijões por turno anualmente. Uma novidade importantíssimo do processo produtivo é que o peso da botija de 13 quilos sofreu uma redução de 32% de seu peso. Gasônia já é, pois, um nome emblemático que deve ser traduzido como gás para mover a Amazônia, no sentido metafórico desta conjugação. A empresa já se gabaritou como referência na fabricação de cilindros, tanques, reservatórios metálicos e caldeiras para aquecimento.
Desde o professor Samuel, pai de Jaime e irmão de Saul Benchimol, autor de 116 títulos sobre a Amazônia, o conceito de sustentabilidade, na conjugação do verbo empreender, foi influenciador no modo de produção referencial para a região. Professor e empresário, Samuel Benchimol é considerado uma das maiores autoridades em desenvolvimento regional da Amazônia. E para ele, “… todo empreendimento precisa ser economicamente viável, socialmente justo, politicamente correto e ambientalmente sustentável”.
Gasônia se referendou, pois, neste princípio da sustentabilidade no desenho e na materialização de seu projeto. E aí se insere o conceito de segurança dos usuários e no transporte e manuseio doméstico, com a redução do peso nas botijas. A novidade nada mais é que um fator de proteção e resguardo do cidadão. Na Fogás, alem disso, os botijões, por segurança, devem ser testados a cada periodicidade estabelecida pelo fabricante.
E agora, o fabricante é um fornecedor reconhecido e qualificado de botijões a gás junto à população. Mais do que nunca, a questão de segurança no transporte e manuseio doméstico de botijões será submetido ao padrão Benchimol de compromisso e responsabilidade com a Amazônia.
(*) Um pouco da história dos Benchimol pode ser conhecido através do livro do historiador Abrahim Baze, ‘Saul Benchimol, a saga de um judeu na Amazônia’. Saul, era o caçula dos sete filhos do casal Isaac Israel e Nina Siqueira, que deu início ao clã dos Benchimol nos primeiros anos do século passado. Outra fonte histórica é a obra Amazônia, Pioneiros e Utopias, de Alfredo Lopes.
Colaboração e fotos de Fabíola Abess CIEAM
Alfredo Lopes é filósofo, consultor do CIEAM e editor-geral do portal BrasilAmazoniaAgora