Fonte: Metrópoles / imagem: Petrobras
As ações da Petrobras passaram a cair de forma mais intensa nesta manhã na bolsa de valores após o anúncio de novo corte da petroleira no preço de sua gasolina e GLP vendidos às distribuidoras.
Os papéis da Petrobras operavam em queda em torno de 4% por volta das 12h30 desta sexta-feira (30/6). A ação preferencial da Petrobras (PETR4) caía pouco mais de 4,3%, enquanto a ordinária (PETR3) operava em baixa perto de 3,9%.
A ação da Petrobras já havia aberto o dia em queda em torno de 1%, mas a movimentação da cotação foi acentuada principalmente após o anúncio, que ocorreu pouco antes das 12h.
No mesmo horário, o Ibovespa, índice que reúne as principais empresas da bolsa brasileira, operava em alta de 0,38%.
Corte na gasolina da Petrobras
A Petrobras anunciou nesta manhã que vai reduzir em R$ 0,14 o preço médio da gasolina em suas refinarias. O preço médio de venda às distribuidoras passa de R$ 2,65 para R$ 2,52, em uma redução de 5,3%.
Já o GLP (usado no gás de cozinha) será reduzido em R$ 0,10 por kg, uma redução de 3,9%.
Os novos valores passam a ser aplicados a partir de sábado (1º/7).
É a segunda vez neste mês que a Petrobras corta o preço da gasolina, e a terceira vez desde a mudança em sua política de preços, anunciada em maio. O último corte havia sido anunciado em 15 de junho, com redução de R$ 0,13 no preço médio.
Volta de impostos federais
A mudança nos preços da Petrobras a partir de sábado coincide com a volta da alíquota completa dos tributos federais sobre combustíveis nesta semana.
Sem a redução da Petrobras, o impacto previsto era de R$ 0,71 no preço da gasolina e de R$ 0,24 no etanol. Agora, tende a ficar abaixo disso, embora ocorram variações de preço distintas com as margens de lucro ao longo da cadeia de distribuição e tributos estaduais.
“Acreditamos que a redução tenha a ver com o caducamento da MP 1163 na última quarta que versava sobre a reinserção tributária parcial na gasolina. Com o retorno integral do tributo, a redução vem como ação direta para impedir uma maior volatilidade nos preços finais na bomba”, disse em nota a clientes a corretora Ativa Investimentos.
Na nova política de preços usada pela Petrobras e estabelecida pelo governo federal, acionista controlador, os preços dos combustíveis da petroleira não mais acompanham automaticamente o preço de importação, como vinha ocorrendo desde 2016.
A Petrobras diz que a cotação internacional do barril de petróleo continuará sendo levada em conta, além de outros fatores, como competitividade das refinarias locais e busca por redução da volatilidade.
“A redução do preço da Petrobras tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional”, disse a Petrobras em nota após o novo corte de preços.