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O Auxílio Gás Nacional foi criado em 2021, com o intuito de diminuir o impacto do preço do gás de cozinha no orçamento das famílias de baixa renda. O benefício é pago a cada dois meses, sendo que a quantia é referente ao valor integral do botijão de 13kg, que é calculado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Contudo, de acordo com dados da ANP, nos últimos 12 meses, o consumo do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, teve queda de 1,13% nos lares brasileiros. Segundo o Sindicato das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigás), a diminuição na venda indica que o Auxílio Gás não está sendo utilizado para a compra de botijões, mas sim para necessidades básicas, como alimentação, por exemplo.

Falta de regras para utilização do Auxílio Gás

Para o presidente do Sindigás, Sergio Bandeira de Mello, embora o Auxílio Gás seja uma medida necessário, o fato da quantia ser depositado na conta poupança social, sem que haja uma destinação específica, não combate a falta de gás nas famílias de baixa renda, já que é propício para o desvio de finalidade.

Sérgio afirma que é preciso que o Governo Federal direcione o Auxílio Gás Nacional especificamente para a compra de botijões de gás. Portanto, a categoria quer que a finalidade do benefício seja cumprida para que a pobreza energética do Brasil seja reduzida.

Uso de lenha

De acordo com Sérgio, como o valor do Auxílio Gás não possui uma destinação específica, as famílias em vulnerabilidade social preferem continuar consumindo lenha do que comprar um botijão de gás, para poder gastar o dinheiro com alimentação.

De acordo com o presidente do sindicato, o uso da lenha oferece diversos riscos como queimaduras e doenças a longo prazo, como infecção respiratória aguda, bronquite crônica e tuberculose, que são altamente prejudiciais à saúde.

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