Fonte: EPBR / imagem: Pexels
Os preços futuros do petróleo caíram mais de 2% nesta quinta-feira (1º/2) em meio a especulações sobre uma proposta de cessar-fogo na guerra entre Israel e Hamas em Gaza. Esse e outros conflitos no Oriente Médio, como os ataques houthis a navios no Mar Vermelho, e de rebeldes iranianos a bases norte-americanas têm pressionado a cotação da commodity para cima nos últimos meses.
– Os rumores de que o Hamas teria aceitado a proposta israelense de parar os ataques em troca da libertação dos reféns ainda em poder do grupo terrorista circularam ao longo do dia, mas foram negados pelo Catar, que tem atuado como mediador.
- A cotação do barril de petróleo Brent, referência global, caiu 2,5%, para US$ 78,70. Já o WTI, dos Estados Unidos, fechou em baixa de 2,7%, a US$ 73,82 por barril.
- A volatilidade dos preços deve continuar, segundo analistas, com fatores pressionando tanto do lado da oferta quanto da demanda.
Corte saudita sem efeito. A decisão da Saudi Aramco de suspender a expansão de sua capacidade de produção de petróleo para 13 milhões de barris por dia terá pouco efeito, pois a oferta será absorvida pelo mercado, afirma a Wood Mackenzie.
– Os analistas estimam que a produção saudita continuará no patamar de 9 milhões de bpd, deixando uma margem de 3 milhões de bpd, que é a principal ferramenta de regulação de preços entre os países da Opep.
EUA respondem ao Irã. Pressionando a oferta, o governo norte-americano aprovou planos de promover uma série de ataques no Iraque e na Síria em resposta aos disparos de drone de rebeldes iranianos que deixaram militares mortos e feridos na Jordânia.
– Há um temor que os ataques possam escalar ainda mais o conflito e iniciar uma guerra direta com o Irã, mas também forte pressão por uma resposta incisiva dos EUA.
- Enquanto isso, os rebeldes houthis não dão sinais de interromper as agressões a navios de carga no Mar Vermelho, o que já impacta os preços do transporte.
Venda de combustíveis bate recorde. As vendas de diesel B (com biodiesel) e gasolina C (com etanol) bateram recordes em 2023, segundo dados da ANP.
– Foram 65,5 bilhões de litros de diesel em 2023, alta de 3,6%, e 46 bilhões de litros de gasolina, aumento de 6,9% em comparação ao ano anterior.
- Também foram vendidos 16 bilhões de litros de etanol hidratado, crescimento de 5,1% no período.
Petrobras baixa QAV, mas sem “canetaço”. A estatal anunciou, nesta quinta-feira (1º/2), o corte de 0,4% (R$ 0,014 por litro) no preço do querosene de aviação.
– A queda é resultado do reajuste mensal feito pela companhia, que reflete as variações na cotação internacional do petróleo, e não tem relação com incentivos às companhias aéreas anunciados pelo governo federal.
- O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que não vai baixar o preço do querosene de aviação com um “canetaço” para ajudar as aéreas.
- O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a crise enfrentada pelo setor aéreo não pode ser atribuída apenas ao preço do QAV.
Roraima tem o GLP mais caro. Com o aumento do ICMS sobre o gás liquefeito de petróleo (GLP), Roraima terá o botijão de gás de cozinha mais caro do país, custando em média R$ 145,08, segundo dados da ANP.
– O mais barato será vendido em Pernambuco, a R$ 105,17 em média por botijão.
Diretora substituta na ANP. Patricia Huguenin Baran vai assumir, como substituta, a vaga na Diretoria 4 da ANP, aberta com o fim do mandato de Cláudio Jorge de Souza, em dezembro. A convocação foi publicada nesta quinta-feira (1º) no Diário Oficial.
– Estão vinculadas à Diretoria 4 as superintendências de Infraestrutura e Movimentação (SIM), de Defesa da Concorrência (SDC), de Exploração (SEP) e de Avaliação Geológica e Econômica (SAG).
- A diretoria estava sendo ocupada provisoriamente pelo superintendente de Segurança Operacional, Luiz Henrique Bispo.
- Atual superintendente de Infraestrutura e Movimentação, Patrícia Baran é a primeira substituta na nova lista tríplice da agência.