Fonte: Petronoticias / imagem: MME

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou hoje (18) a criação de um Comitê de Monitoramento para acompanhar a evolução das obras do setor de gás natural e a previsão da entrada em operação de projetos importantes para a garantia do abastecimento nacional. Além disso, o ministro prometeu reduzir o preço do energético por meio de ajustes regulatórios. As afirmações aconteceram durante o evento Gas Week, realizado hoje (18), em Brasília.

Vamos combater os abusos e remunerar de maneira justa as infraestruturas de escoamento e de processamento do gás, com uma regulação mais firme. Devemos considerar, sim, a depreciação e amortização dos ativos. Não dá para ficar pagando a vida toda por uma infraestrutura que já foi amortizada”, disse Silveira.

O ministro citou ainda que gás no Brasil tem um preço absurdo. Segundo ele, o energético sai do poço a um custo de US$ 2,86 por milhão BTU (unidades térmicas britânicas). Após passar pelas Unidades de Processamento de Gás Natural, o valor é acrescido de US$ 9,22, totalizando US$ 12,08. Além disso, o preço também sofre o impacto dos custos de transprte e distribuição. Assim, o preço final para o consumidor chega a US$ 20,14 por milhão de BTU.

O gás no Brasil tem esse preço absurdo, que nós identificamos, e queremos agora discutir como é que vamos trabalhar para que tenha uma regulação moderna, segura no gasoduto do escoamento, porque não pode deixar de ter transparência na sua composição”, afirmou.  “Se tivermos uma redução de US$ 7, vamos estar falando de redução de mais de 25% no preço do gás. É algo que a gente quer debater publicamente se tivermos uma regulação nos gasodutos de escoamento e nas estações de tratamento, nas UPGNs nacionais que são basicamente três: Rota 1, 2 e 3”, finalizou.

As propostas do Ministério de Minas e Energia visam promover um verdadeiro choque de oferta, com acesso à infraestrutura de escoamento, processamento e transportes, reduzindo custos para a indústria nacional, que produz riqueza e gera oportunidades. O projeto Rota 3, que visa ampliar o escoamento dos projetos em operação na Bacia de Santos, no Pré-Sal, será antecipado para o segundo semestre deste ano, ofertando mais 18 milhões de m³/dia.

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