Fonte: Sindigás

Fartamente disponível, transportável, versátil e armazenável, o GLP reúne os atributos necessários para ser a melhor alternativa no suprimento energético de áreas remotas, onde outros tipos de energia não conseguem chegar. São diferentes regiões do Brasil, como localidades ribeirinhas e extensas áreas rurais, que contam apenas ou principalmente com o GLP. Os motivos variam: desde a falta de redes de fornecimento da pouca energia que consegue alcançar alguns desses locais ou até mesmo pela qualidade dela, com constantes interrupções. O GLP, ao contrário, conta com um sistema logístico exemplar e estrategicamente planejado, com altíssimo nível de capilaridade, abastecendo 100% dos municípios brasileiros.

Para além do fato de ser acessível, da facilidade de se transportar – por rio, mar, estradas –, de armazenar e da sua distribuição em embalagens de diferentes tamanhos, vale destacar que o produto tem queima limpa e é altamente eficiente. Graças à sua grande flexibilidade, permite diferentes tipos de usos. Muito mais do que a cocção de alimentos, o GLP pode ser empregado no aquecimento de água, na climatização de ambientes, em aquecedores de ambientes externos, em churrasqueiras, lareiras, luminárias fixas e portáteis, entre outros, conferindo maior bem-estar.

No campo, o GLP também é um insumo que beneficia fortemente a atividade rural, a partir da sua aplicação em maquinários para secagem de grãos, controle de pragas, aquecedores de estufas e viveiros, sistemas de irrigação, empilhadeiras, cortadores de grama e equipamentos espanta pássaros e mata-mosquitos, entre outros. Seu uso variado facilita enormemente o desenvolvimento dessas regiões e gera mais conforto para seus habitantes.

Muito mais do potencial do GLP poderia ser extraído não fossem barreiras legais ainda existentes no Brasil, impostas pela Lei nº 8.176/1991, que impedem seu uso, por exemplo, para geração de energia elétrica, opção que seria extremamente bem-vinda em locais remotos. A sua utilização em motores estacionários, se fosse autorizada, poderia favorecer a geração de energia e o bombeio de água em atividades rurais. A substituição pelo GLP nos geradores a diesel contribuiria ainda para reduzir as emissões, principalmente de CO2 e materiais particulados, altamente poluentes. Por fim, facilitaria a cogeração de calor e frio, com maior eficiência, permitindo reduzir a demanda crítica do sistema nas horas de pico.

Ao se pensar em um planejamento energético, em que há restrições de redes de transporte de outras energias e limitações de alcance da energia elétrica, é indiscutivelmente necessário permitir a expansão do leque de opções de uso do GLP. Sua ampla aplicação em regiões ribeirinhas e nos mais diferentes rincões de um país de dimensões continentais como o Brasil é importante para trazer melhores condições de vida para essas populações, cumprindo plenamente o seu papel como o energético limpo e seguro de toda a família brasileira.

Sergio Bandeira de Mello

Presidente do Sindigás

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